Francisco José Santarelli

Memórias Políticas

 

"Esportes"

Minhas crônicas são no sentido de me referir como se fazia política no passado distante, cheio de referência salutar, pois era dignificante ser político e não víamos, nem ouvíamos proferir xingamentos aos que o praticavam.

O idoso de agora se moderniza, dialoga com a mocidade, procura progredir e acompanhar a evolução, porém, conclui-se que esta é rápida demais e nem sempre para melhor, o que o desencanta. Não é só na política. No passado, ouviam-se músicas com certa sonoridade, hoje é de deixar antecipadamente surdo.

           Da esquerda para a direita: Nivaldo Santana(mascote), Antonio Torricelli, Neco Faustino, José Santana, Miguel Santana, Ismael Nery Palhares, Angelo Marconi(Picareta), Silvio Vessoni, Herculano Santana, Emílio Ferrarezi, Pedro Benedito Fazzio, João Faustino (Lota) e Adelbe Negrão

Achávamos graça quando o professor de inglês, Tamerick, nas lições de meios de transporte e comunicação, afirmava que chegaria um dia em que um avião partiria hoje e chegaria a seu destino ontem. Hoje, já não é motivo de graça e sim praticamente uma realidade.

Já que estamos sofrendo desolados com o comportamento da nossa seleção no campeonato mundial, recém disputado no Brasil, vamos relembrar como se praticava esporte no passado, principalmente em Itápolis.

Era amador, treino duas vezes na semana e bem tarde, pois os que o praticavam trabalhavam em outras atividades e eram verdadeiros aficcionados e apaixonados pelo esporte dos quais destacamos a família de Pedro Sant’Ana, onde cinco excelentes jogadores, (seus filhos: Herculano, Nivaldo, Otacílio, José e Miguel) faziam parte do glorioso Oeste Futebol Clube; o Lelo Barsoti, de dribles maravilhosos; Pedro Fazzio, grande beque e ainda o Lota.

Com o passar do tempo, foram surgindo outros verdadeiros craques como: Marinho Gentil, Careca, Pedro Carelli, Hélio La Laina, José Alberto Santarelli (popular Zelão), Walter Ignácio, Mastuga, Torrichelli, Tequinho Sendon, Gil Tarallo, Vicente Palmitesta, Luis Destro, Zé Preto, Rivelino, Osvaldo Micheletti, os irmãos: Dju, Pierin e Wilsinho Granucci, Sidnei Ferraresi, Tequinho Sendon, Iraci Marconi, Carlos A. Dultra, Alcides Maranho, Ismael Palhares, Nilson Tarallo, Dick Guidorsi, os irmãos Alicate e Baiano, Ubaldo Massari, Picarollo, Nicola Gentil, Nicola Zílio (que foi também famoso goleiro do time de Nova Europa), Waldemar Sardi (o famoso cabelinho de ouro) e os goleiros Armando e Hermínio Semeghini, além do famoso Juiz Francisco Sendon Garcia (Chico Palito) que reclamava quando nossos jogadores não caiam na área (rs), nosso querido Pacau (guarda costa de nossos jogadores) além de muitos outros dos quais me falha a memória, porém, foram importantes para essa grande história, dignificando nosso esporte amador.

Também não poderíamos esquecer o técnico Bahia, que por muitos anos se dedicou ao Oeste F. C. e a todos os clubes que solicitavam seus serviços.

O inesquecível técnico Bahia, que sempre teve um carinho e uma grande dedicação ao futebol itapolitano, recebendo justas homenagens

Junto conosco, destacamos os torcedores apaixonados Antonio Del Guercio que corria o tempo todo chutando o espaço nos jogos. O sempre apaixonado diretor, torcedor e orientador Dr. Mario Gentil, que além destas qualidades especificadas era um vidente no futebol. Foi um dos poucos que não queria que o Estádio dos Amaros fosse doado para a municipalidade com o compromisso de cuidar e reformar todo o patrimônio na condição do Oeste ter o privilégio de uso.

           Das arquibancadas do Oeste só estão liberadas as de concreto, as de ferro continuam interditadas

Nosso torcedor e amigo Emilio Mucari construiu a arquibancada de concreto. Dr. Juca Massari, as arquibancadas de madeira, quando o Oeste entrou para a primeira divisão, hoje não mais aceita pela Federação Paulista de Futebol e pelo Corpo de Bombeiros, que alegam falta de segurança para os torcedores.

É preciso que agora, quando estamos perto de uma eleição, pleitear de bons candidatos a deputados, compromissos de auxiliarem nossa prefeitura na reformulação do Estádio dos Amaros, pois poucas cidades do porte de Itápolis têm o privilégio de permanecer no topo do esporte bretão paulista e atualmente no Brasileiro.

Infelizmente nossa seleção canarinho, desta feita no campeonato mundial de seleções, deixou muito a desejar.  Temos que relevar, pois fomos também castigados por ocorrências, como falha nas arbitragens, violência contra nossos jogadores e, mais uma vez, cito a experiência de Dr. Mario Gentil que nos falava “No futebol nunca se sabe qual vai ser o resultado, acho mesmo que isso acontece só no futebol”.

Como idoso, continuo aprendendo e sonhando com o progresso de nossa querida Itápolis, durmo pouco, meu calendário tem amanhã, o ontem para mim serve também para escrever minhas crônicas. Até a próxima, pois tenho tido toda a felicidade de reviver, produzindo uma ligação do passado com o presente que procuro dar destaque nessas crônicas.